domingo, 3 de abril de 2011

História da localidade de Portão


A localidade de Portão está localizada no 1º distrito, a 10 km da sede de Santo Antônio da Patrulha
Esta comunidade era chamada antes Campo dos Casais. Segundo relatos orais, o sesmeiro (quem obtia lotes de terras incultos ou abandonados, doados pelo rei a pessoas que tivessem condições de explorá-los) Manuel Gonçalves Ribeiro obteve a Sesmaria das Conchas (próximo a Capão da Canoa), uma sesmaria em Viamão e outra em Santo Antônio da Patrulha.
 Ao chegar até aqui, encontrou doze casais, que se instalaram na época da colonização do município. Foi, então, até a Corte e o imperador o aconselhou a fazer um “Travessão Divisório” e que entregasse uma carta de posse destinando aos 12 casais moradores esta região. Por isso o nome Campo dos Casais. Foram feitos marcos divisórios, um deles ficava onde hoje é o Pedágio de Santo Antônio da Patrulha. Destes marcos saíram três sesmarias: a do Pântano, a de Ana Brito e a de Manoel Gonçalves Ribeiro.

O filho de Manuel Gonçalves Ribeiro, também chamado Manoel Gonçalves Ribeiro, casou-se com uma filha de Maria Exaltação da Cruz e Ignácio José de Mendonça, que deram origem ao nome da cidade, por serem devotos de Santo Antônio e lhe construírem uma capela.
 Conta-se que, mais tarde, as famílias que moravam aqui construíram suas residências e cultivaram a terra no alto da serra. Na parte mais baixa, havia animais silvestres. Para que estes animais não chegassem até as suas terras cultivadas, os moradores construíram cercas de pedra e um portão, localizado entre os km 60 e o km 61 da RS 030. Surgiu, então, o nome da comunidade “Portão”.
Em outra versão, há a história de que onde hoje é a RS 030 havia um portão e uma vertente. Essa área, denominada Fonte Pública, era reservada às pessoas que não tinham vertente em suas casas e aos carreteiros que por ali passavam, para que pudessem dar água aos animais.
Em 1940, a Secretaria Estadual de Agricultura indicou Ademar Martins Ramos e o engenheiro Diumer Shineider para realizarem uma demarcação de lotes a serem vendidos a fim de povoar as terras do Portão. Ao realizarem o trabalho, encontraram uma área onde havia pessoas enterradas, que foi doada por João Simão Tomaz e é hoje o cemitério Portão I. A demarcação encerrou em 1942 com a confecção de um mapa. Hoje este mapa está em Tramandaí na casa de Antônio Rodrigues, advogado, natural de Portão.
       Atualmente, a comunidade de Portão conta com um cemitério, o salão paroquial, a Comunidade Cristã Católica (que se reúne na capela Sagrado Coração de Jesus), um atelier de calçados, dois mercados, uma agropecuária, a E. M. E. I. Balão Mágico e a E. E. E. F. Visconde do Rio Branco. Possui cerca de 279 famílias e a principal atividade econômica é a agrícola e criação de gado. Muitas pessoas também trabalham em fábricas de calçados.
FONTE: E. E. E. F. Visconde do Rio Branco


Localidade de Portão I:

Assita ao vídeo da localidade de Portão I:

sábado, 2 de abril de 2011

HISTÓRIA DA MINHA VIDA

Meu nome é Patrícia e nasci na de cidade de Osório.
Moro com meus pais e minha irmã, de 10 anos. Somos uma família unida, alegre e procuramos dar o melhor de nós mesmos para que todos possam atingir seus objetivos. Moramos em Santo Antônio da Patrulha, lugar do qual nunca nos mudamos.
Passei por uma infância ótima, meus pais não podiam me dar tudo, mas com certeza me deram tudo o que precisei, inclusive carinho, amor, educação e limites. Entrei para a escola com 5 anos de idade e acredito que, na infância, esta tenha sido a parte que mais a marcou. No início, não gostava nenhum pouco de ir, mas foi nesta etapa que aprendi (graças às insistências de minha mãe) que precisava ter responsabilidades desde cedo. E ir para a escola certamente era uma delas.
O que mais marcou minha adolescência foi a decisão de escolher qual profissão seguir, pois entrei no Curso Normal aos 14 anos e era uma época em que não sabia exatamente o queria fazer da vida. Além disso, achava que seria muito fácil ser professor, não fazia idéia do quanto esta profissão é complexa, pois trabalha com pessoas em formação e a atuação do professor trará conseqüências, sejam elas positivas ou negativas, para os alunos. Somente quando realizei o estágio final, percebi que esta era a profissão que queria seguir e a que me fazia feliz.
Através das experiências que tive ao longo do Curso Normal e de outras vivências pessoais, hoje sou uma adulta responsável e dedicada. Pretendo concluir o ensino universitário e continuar os estudos no nível superior, além de exercer minha profissão e constituir uma família. O principal desafio que tenho hoje é conciliar os cursos Educação do Campo e Letras (do qual sou aluna em outra instituição), pois ambos são importantes: Letras sempre foi o que eu quis fazer, desde o ensino fundamental. E Educação do Campo, depois de ter tido a experiência maravilhosa do estágio do Curso Normal, agregada gosto pelo interior.
Portão 1 é um lugar pequeno, com dois mercados, uma agropecuária e um ateliê de calçados. Há a escola E. E. F. Visconde do Rio Branco, a escola M. E. I. Balão Mágico, o Salão Comunitário, a Igreja e um cemitério. É muito bom morar no interior, onde podemos ter mais liberdade para plantar e criar animais. Porém é necessário ter na localidade, locais como posto de saúde, farmácias, papelarias etc., pois, embora tenhamos acesso aos ônibus de hora em hora para a sede e também para municípios vizinhos, há custos com passagens que nem todos os moradores têm condições de arcar.
O curso Educação do Campo abrirá portas que o ensino superior em si já abre, mas também terá a importância de ainda ser uma novidade no mercado de trabalho, com habilitações que outros cursos não oferecem, como a qualificação para trabalhar com educação no espaço rural e também com EJA (ensino de jovens e adultos) e gestão escolar. Além dos benefícios em minha vida profissional, o curso também proporcionará experiências e técnicas que poderei aplicar a fim de melhorar a qualidade do plantio que realizamos em casa, pois plantamos (para consumo próprio) milho, cana de açúcar, aipim e laranjas.
Pretendo ser uma profissional que saiba ensinar mais do que conteúdos, que também saiba transmitir valores, que estão esquecidos no mundo atual. Espero ser mais que uma professora, que possa ser amiga e compreensiva.
Sou uma pessoa alegre, dedicada, perseverante e espero nunca perder o mais importante, como disse Paulo Freire: “Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.”

Minha família:

Minha formatura da Pré-escola: